Resenha | Os Humanos, de Matt Haig

" Sabia que a Terra era uma ocorrência real em um sistema solar enfadonho e distante, onde nada muito importante acontecia e onde as opções de viagem para os habitantes eram muito limitadas... "

Sinopse: Quando um visitante extraterrestre chega à Terra, suas primeiras impressões da espécie humana são pouco positivas. Ao assumir a forma do professor Andrew Martin, da Universidade de Cambridge, o visitante está ansioso por cumprir a tarefa macabra que lhe foi incumbida e voltar rapidamente para seu planeta. Ele se sente enojado pela aparência dos humanos, pelo que eles comem e por sua capacidade de matar e guerrear. Mas, à medida que o tempo passa, ele começa a perceber que pode haver mais coisas nessa espécie do que havia pensado. Disfarçado de Martin, ele cria laços com sua família e começa a ver esperança e beleza na imperfeição humana, o que o faz questionar a missão que o levou à Terra.

Editora: Jangada | Páginas: 312 | Ano: 2016 | Adicionar: Skoob | Comprar: Loja 



Recebi Os Humanos de cortesia do Grupo Pensamento, e confesso que este é o primeiro livro em minha estante da Editora Jangada, infelizmente apesar dos lançamentos a 'cara' do Cantinho da Leitura ainda não havia tido uma oportunidade de adquirir algum de suas obras, por isso fiquei imensamente feliz ao abrir meu pacote e ver este livro iluminado por um céu estrelado, a capa eres muito bela e todo o design gráfico, eu fiquei impressionada com o quão pesado é este livro com  312 folhas amareladas. 

Agradeço pela cortesia e os parabenizo pelo o lançamento que eres muito belo, tanto externamente como internamente. Os Humanos, é o tipo de livro que todo leitor precisa ler pelo menos uma vez na vida, é uma leitura muito sábia, tem um enrendo inteligente e a certo ponto engraçado.


Em Os Humanos conhecemos Andrew Martin, um gênio da matemática. Andrew professor na Universidade de Cambridge, depois de diversas pesquisas descobre um grande segredo, segredo este que mudaria completamente os paradigmas em torno dos mistérios do universo, toda a humanidade após suas informações sofreria uma revolução capaz de dar fim à doenças, ou mesmo a morte. Mas, a muito a se questionar, será que os seres humanos estariam preparados para esse grande passo, será que nós - humanos - teríamos o bom senso e saberíamos usar essas descobertas de forma correta? 

Com tantos questionamentos a cerca de algo tão importante do outro lado do universo uma estranha espécie se pergunta o mesmo e acaba por decidir que os seres humanos é uma especie perigosa demais para estar a par de tais informações e enviam um missionário para matar Andrew Martin.

Os" humanos são uma espécie arrogante, definida pela violência e pela ganância. Eles pegaram seu próprio planeta, o único a que atualmente têm acesso, e o colocaram no caminho da destruição. Criaram um mundo de divisões e categorias e têm deixado continuamente de ver as semelhanças entre si mesmos."

Andrew Martin foi um homem muito ocupado e a certo ponto obcecado por trabalho, seus projetos de pesquisa tomava praticamente todo o seu tempo, e apesar de ser pai de família seu lar estava prestes a sofrer com uma rachadura. Com a morte de Andrew, o matemático e o missionário terminara por assumir seu lugar após um erro.

O novo Andrew começa então a viver no lugar de Martin, após alguns episódios um tanto engraçados consegue se reunir com 'sua família', e aos pouquinhos diante de muitos questionamentos e críticas a vida humana ele começa a perceber que o ser humano apesar de todas as fraquezas e os erros consegue sentir sentimentos, ter emoções que antes eram incompreensíveis até mesmo para ele. 

É incrível como Matt Haig conseguiu reunir tantas coisas a se pensar em um só livro. Em Os Humanos ficamos a par de nossas fraquezas, posso dizer de algumas bobagens que aos poucos diante de nossas rotinas acabam por nos prejudicar por vezes de forma permanente, mas também vemos que apesar de tudo, nós somos dignos de algo, assim como Andrew percebeu, os seres humanos merecem um vida longa e próspera. 

" Eu ria de mim mesma. O fato impossível de eu estar ali, no planeta mais absurdo do universo, e ainda por cima gostando disso. E senti a necessidade de dizer a alguém como era bom, na forma humana, rir. A liberação do riso. 

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