Resenha | A Queda dos Anjos, de Susan Ee

Quando o mundo que conhecemos está prestes a ser arrasado, é preciso apostar na redenção.

Quando o mundo que conhecemos está prestes a ser arrasado, é preciso apostar tudo na redenção 

Os anjos do apocalipse chegaram — e vieram para aterrorizar a humanidade e acabar com o mundo moderno. Gangues de rua tomam conta do dia, enquanto o medo e a superstição dominam a noite. Quando anjos guerreiros sequestram uma menininha indefesa, sua irmã mais velha, Penryn, fará o que for preciso para salvá-la. Até mesmo um acordo com um anjo inimigo. Raffe é um guerreiro caído, que perdeu as asas. Depois de eras lutando suas próprias batalhas, ele é resgatado de uma situação desesperadora pela jovem Penryn, que concorda em ajudá-lo — desde que ele mostre a ela como encontrar sua irmã. Viajando por um mundo sombrio e perigoso, eles podem contar apenas um com o outro para sobreviver. Juntos, vão em direção à fortaleza dos anjos em San Francisco, onde Penryn arriscará tudo para resgatar sua irmã, e Raffe se colocará à mercê de seus piores inimigos pela chance de voltar a ser inteiro.


Editora: Verus | Ano: 2016 | Páginas: 279 | Adicionar: Skoob


A Queda dos Anjos foi um livro que eu tive a oportunidade de conhecer sua história a alguns anos atrás e devo confessar que esperei muitíssimo por sua edição brasileira, pois existem tantos lançamentos estrangeiros bons, realmente bons e um deles é Angelfall - A Queda dos Anjos - de Susan Ee. Quando eu soube que sua edição estava chegando pela Verus Editora fiquei imensamente feliz. 


"O dia pertence aos refugiados e às gangues, mas todos somem à noite, deixando as ruas desertas já ao pôr do sol. Agora impera um medo enorme do sobrenatural. Tanto os predadores mortais quanto as presas parecem concordar em dar ouvidos aos medos mais primitivos e se esconder até a aurora. Mesmo a pior das novas gangues de rua deixa a noite para as criaturas que vagam pela escuridão neste mundo novo."


Foto: Equalize da Leitura

Em " A Queda dos Anjos " somos apresentados a jovem de 17 anos, Penryn. Há seis semanas que a realidade de Penryn e sua família é sobreviver, após os anjos descerem dos céus o mundo moderno vive em constante guerra com o anjos que estão dispostos a aniquilar a vida humana.

Penyrn apesar da pouca idade é responsável pela sobrevivência de sua família, sua mãe é esquizofrênica, sua irmã caçula é tetraplégica e seu pai uma vez saiu de casa e nunca mais voltou. Sua única missão após os últimos acontecimentos é mantê-las seguras, porém após uma aventura em busca de suprimentos ver sua irmã ser raptada por anjos. Sem saber o que fazer encontra a solução selando um pacto com um anjo que teve suas asas cortadas e por pouco não perdera também a vida. Penryn sabe que se aliar ao inimigo é altamente arriscado, pois os anjos não demonstram nenhum vestígio de piedade aos seres humanos, mas Penryn ver no anjo caído a sua única esperança. 
O anjo caído se chama Rafael, é um guerreiro porém após ter suas asas cortadas, os seus séculos de luta não significa muito e tudo que almeja é ter suas asas de volta. Retribuindo o favor a Penryn que salvou sua vida decide a ajudar na busca por Paige e partem em uma aventura para São Francisco, a fortaleza dos anjos. 

"Só que não há como negar que isso aqui é real. Homens com asas. Anjos do Apocalipse. Seres sobrenaturais que pulverizaram o mundo moderno e mataram milhões, talvez bilhões, de pessoas. E aqui está um dos horrores, bem na minha frente."

Não sei dizer o que mais me conquistou na escrita de Susan Ee, se foi a sua coragem em escrever sobre algo singular e assustador, ou se foi a sua simples e ardilosa narração ao acrescentar desespero a uma família em uma situação inacreditável, a coragem que foi posta na personagem Penryn é admirável. O personagem Raffe é lindo e sombrio, temível por sua ira e quem dirá crueldade que é fascinante. Penryn e Raffe são dois personagem que se casam em diversos sentidos, são perfeitos.  A pequena Paige pode ser vista como a única chama de esperança em um mundo devastado pelo o apocalipse e o que eu diria sobre a mãe de  Penryn e  Paige?   Me parece a única a viver de fato a realidade o que é estranho devido a sua sanidade mental, é o tipo de personagem que costuma sumir e aparecer quando lhe é conveniente, é uma personagem sem duvida engraçada em parte e indispensável. 

" A Queda dos Anjos " pode ser visto inicialmente como mais uma distopia, só que vai muito além disso, aos poucos se é dominado por todo o mistério e as aventuras que nos é apresentado no enredo, aos pouquinhos refletimos sobre está narração e nossa própria realidade. Será que esse mito pode ser algum dia real a nós? Eu me questionei sobre isso, é difícil você após ser apresentado a uma história sobre o apocalipse não assimilá-la  ao nosso mundo que já é tão frágil por se só. 

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